"Nós escolhemos ir à Lua" disse John F. Kennedy num dos seus mais emblemáticos discursos. Uma escolha que não tinha sido idealizada apenas por americanos mas também por russos, num mundo de duas opções: Capitalismo ou Comunismo.
Pode-se dizer que tudo começou à mil anos, altura em que os Chineses inventaram os foguetes, tecnologia que viria a ter grande importância para a Corrida Espacial. Também em parte a conquista do espaço deveu-se aos cientistas alemães que a partir dos foguetes desenvolveram e criaram os primeiros mísseis, isto ainda antes da 1ª Guerra Mundial. Se estes depois da 2ª Guerra Mundial não tivessem emigrado para os EUA ou para a URSS, estas duas superpotências jamais teriam posto os "pés" no espaço. Mas também sem a Guerra Fria provavelmente nenhuma nação teria pensado ir alguma vez ao satélite da Terra... suposições.
Foi então que a URSS se lançou no espaço com o pequeno satélite - Sputnik - a Outubro de 1957.
A superioridade tecnológica russa manteve-se até 12 Abril de 1961, quando o cosmonauta Yuri Gagarine se tornou no primeiro homem no espaço a completar uma órbita terrestre, e a 16 de Junho de 1963 foi a vez da primeira mulher cosmonauta, a igualmente russa Valentina Tereshkova.
Antes disso haviam enviado para o espaço a cadela Laika, que seria a primeira viajante espacial.
Face a estes avanços, os EUA entraram na corrida em 1958 com o lançamento do Explorer 1, o primeiro satélite americano construído pela NASA. Depois de alguns falhanços nos programas, surge o projecto Mercury 3, e foi assim que o primeiro americano "entrou" no espaço a 5 de Maio de 1961 - Alan Shepard.
Seguiram-se os projectos Vostok e Apollo, respectivamente planeado pela URSS e pelos EUA. Ambos tiveram muitos problemas técnicos, principalmente o Apollo 1, nave que se incendiou durante um treino e em que morreram todos os tripulantes: Virgil Grissom, Ed White e Roger Chaffee. Quanto aos projectos russos, sabia-se do fiasco de alguns, apesar da confidencialidade que a URSS tentou manter.
O programa lunar da URSS estagnou por um tempo devido à morte do director, Serguei Korolev.
A Março de 1965 cumpre-se pelo cosmonauta russo Leonov o primeiro passeio espacial, e a Janeiro de 1966 is russos chegam à Lua, mas com uma nave sem tripulação.
Eis que a 20 de Julho de 1969, com a nave Eagle e com a missão de cumprir o projecto da Apollo 11, os astronautas americanos Neil Armstrong e Edwin Aldrin pisam a Lua, sendo a primeira vez para a Humanidade. E assim, sobre pressão na aterragem, Armstrong pronunciou: "É um pequeno passo para o homem, mas um salto de gigante para a Humanidade". Depois disto, que mais?
(1ª aterragem lunar, Neil Armstrong e Edwin Aldri)
Depois deste sucesso a missão a seguir a Apollo 12 transforma-se numa enorme tragédia, com a explosão da nave espacial Apollo 13, isto visto em directo na televisão. Os tripulantes não sobreviveram, eram eles James Lovell, Fred Haise e John Swigert. A frase que ficou para a história "Houston, we've got a problem" - "Houston, temos um problema".
Como devem saber, há um filme sobre essa missão intitulado "Apollo 13", que aconselho. Aqui está o trailer.
Bem, surpreendentemente a 17 Julho de 1975 as naves Apollo 18 e Soyus 19 encontraram-se no espaço e acoplaram, ficando ligadas durante dois dias; isto, metaforicamente falando, seria impossível na superfície terrestre. Foi este acontecimento que pôs fim à corrida espacial.
(Acoplagem das naves espaciais Apollo 18 e Soyus 19)
Com o fim da Guerra Fria, o homem não mais pisou a Lua; a última aterragem ocorreu a 11 de Dezembro de 1972, com o Apollo 17 e os astronautas Eugene Cernan, Ronald Evans e Harrison Schmitt.
Actualmente, a superpotência que se impõe em relação à exploração espacial é a China, país que "foi o terceiro a pôr seres humanos (taikonautas) na órbita terrestre".
Afinal, apesar do confronto entre EUA e URSS, o espectáculo espacial revelou-se extremamente importante para o desenvolvimento tecnológico.
Mas a dúvida perdura entre os cépticos: "Esteve realmente o Homem na Lua ou é tudo uma farsa?"
Julgo que há sonhos difíceis de concretizar, mas parece-me que este foi mais que real... mas como disse, a dúvida permanece.
Joana Duarte
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