terça-feira, 8 de junho de 2010

A TURMA

Aqui estão as relíquias do 12º11ª (a maior obviamente que sou eu).


Mário Briosa

Maria Inês Gonçalves

Inês Peixoto

Hugo Fonseca



Soraya Lee e "As Manas" Vera e Liliana

João Bilhó

Joana Lima

Sara Tanganho e João Marcelo

A Andreia

Diana Moreira, Henrique Araújo e Joana Alves


Inês Sofia Lopes



Moi

Agradecimentos:
  • Máquina fotográfica da Joana Duarte
  • Joana Duarte
  • Pessoas que se deixaram fotografar (ou não) do 12º11ª
  • Sujeito(a) que me fotografou (acho que foi ou a Inês Peixoto ou o Henrique)

P.S.: Se quiserem o resto das fotos enviem o vosso mail (porque eu não sei o de alguns) para o mail da turma.


quinta-feira, 3 de junho de 2010

Balanço do ano, uma História

Sim, que título tão cliché, tocando quase o limiar do foleiro. Mas queria deixar uma última entrada inteiramente dedicada a comentários sobre as aulas de História durante o ano. Inicialmente pensei em publicar alguns vídeos demonstrando opiniões dos alunos do 12º6ª e do 12º11ª, mas cheguei à conclusão de que muitos não me responderiam a algumas questões e outros não seriam completamente honestos (por causa das avaliações).

Na minha perspectiva, o início do ano foi difícil. Pela primeira vez em 17 anos de existência tive de fazer não um, mas dois blogs para as disciplinas de História e Inglês. Tentei resistir, pois não gostava da ideia de uma vez por semana (se não mais) ligar a Internet com o intuito de postar algo sobre a matéria ou, no caso de Inglês, sobre algum tema discutido em aula. Isto tudo por obrigação.
Este foi para mim o começo de um mau ano. Por outro lado foi bom saber que os professores não seriam os mesmos, portanto CARAS NOVAS, FINALMENTE! Sem dúvida que um professor influencia a maneira como vemos a matéria e também a forma como a entendemos; isto é conversa que nunca terminaria, visto que as queixas na minha turma são mais que muitas à professora que tivemos no 10º e 11º anos (e não, não é uma desculpa para certas notas de certos alunos, não que tenha tido maus resultados, mas poderiam ter sido superiores se a dita professora não me rotulasse com uma certa nota).
A novidade do professor provocou grande entusiasmo pelos alunos, para além de que a matéria de 12º ano é de maior agrado dos jovens de 17/18 anos: guerras mundiais, crises financeiras, alterações do código moral, emancipação das mulheres, mudanças no vestuário, entre tantos outros temas abordados. Tudo isto fluiu saudavelmente, em conjunto com os trabalhos de grupo propostos pelo professor.
E a partir disto posso conectar à relação entre os alunos; os trabalhos de grupo, como se sabe, juntam colegas do agrado de cada elemento do grupo com quem se conta partilhar experiências, opiniões e ideias. Posso dizer, de fonte segura (eu) que isso nem sempre resultou. Os grupos de trabalho são como se fossem a imagem da sociedade, mas num modelo muito, muito inferior. Há sempre alguém com maior apetência para liderar e outro para ser liderado; surgem problemas quando há mais que uma pessoa a querer liderar, ou quando ninguém está disposto a fazê-lo. Pior ainda quando estamos num grupo com amigos e que, parecendo que não, a maneira como o trabalho decorre influencia a relação (sim, um drama!). Muitas coisas foram ditas despropositadamente e sem serem pensadas, e humildade foi o que faltou a alguns grupos para assumir a responsabilidade de actos menos próprios.
Quanto ao funcionamento da turma em si, este ano foi sem dúvida o melhor dos três do secundário. As qzílias entre alguns colegas aconteciam em qualquer lugar, quer fosse numa aula, no "pátio" escolar ou numa aula de substituição. Ainda bem que o Professor António apareceu quando os ânimos acalmaram, já com as pessoas com uma maior maturidade e também responsabilidade; outros ficaram pelo caminho, se assim se pode dizer, mas foram igualmente importantes e relevantes para algumas aulas, até porque sem eles não sei como teríamos aguentado matérias e professores enfadonhos, e que fizeram história na turma: Joana Sousa, Inês Vera, Nuno, Joana Romão, Pedro Pereira ("Stôra estou a ter uma caimbra!" ou "Stôra, olhe os góticos lá fora a fazer barulho!"), Miguel (lembram-se do piromaníaco?), Bruno Sousa e João Varanda (sim, eu considero o Varanda um elemento exterior à turma pois raras são as vezes que ele nos presencia com as suas estratégias de persuasão aos professores). Sem dúvidas temos histórias muito engraçadas para contar quando formos velhos caquéticos, com aparelhos auditivos e a falar para o ar, sentados num banco de jardim... Sim, porque isto será realmente o futuro para muitos de nós, ou não.
Apesar de todos os problemas e do drama adolescente, já a atingir o adulto - se é que isto tem algum significado - houve momentos hilariantes e que agora causam nostalgia. Por um lado, estou ansiosa pelo próxima etapa, a Faculdade (isto dito por alguém que nunca tem certezas de nada e que à última da hora decide as coisas, e que nem sabe sequer se tem hipóteses para seguir o curso que deseja). Enfim, o fim de uma etapa e o começo de outra, totalmente diferente e intimidante.
Em termos de estabelecimento escolar, tenho imenso a apontar, tanto positiva como negativamente; eu ando na Secundária de Benfica desde o 7º ano, pelo que conheço bastante bem (se calhar até bem de mais) a escola, funcionários, alguns professores e alunos. Em termos de ambiente, não me posso queixar, acho que há uma boa integração dos alunos e não há estratificação social nas turmas, pois existe uma grande diversidade de alunos (podia ser maior se o patrono permitisse a entrada de mais alunos de outras culturas... acho que é melhor não dizer muito mais), mas isto do meu ponto de vista; as funcionárias são prestáveis e simpáticas (à excepção duma senhora do CRE, que adora exibir a sua maravilhosa voz vezes sem conta a quem não se inscreve no maldito computador, que não serve rigorosamente para nada!) e os professores que tive são, em média, simpáticos e conseguiam distanciar-se da forma comum como os professores davam/dão aulas, criativamente portanto (o mais evidente é o Professor Luís Prista - todos os alunos que tiveram aulas com ele sabem que isso é verdade) e que influenciaram imenso os seus estudantes, e vice-versa (Professor Décio, Professora Sofia Paixão, Professora de Renata, entre tantos outros - não vou deixar nenhum comentário sobre os deste ano, julgo que se percebe porquê.
Por fim, e analisando mais especificamente as aulas de História deste ano: a História deste ano foi totalmente diferente dos outros dois anos, como já tinha referido. Houve interacção com os alunos - o que não aconteceu no 10º e 11º anos, tanto era o receio de dizermos algo que despoletasse a fúria da docente - e portanto troca de saberes. Nunca tivemos tantos debates, comentários ou opiniões na nossa turma. Também pela primeira vez soube que me assemelhava a uma jogadora de rugby, que o Marcelo tem dois grandes amores: comer e dormir; que o João Bilhó é um grande comentador sobre a Economia, que a Inês Lopes tem a resposta para tudo, que a Joana Alves percebe muito de Direito Mundial e que a Joana Lima tem sempre alguma opinião polémica para partilhar... ah, e que qualquer documento que o Henrique leia é sempre muito explícito, portanto não precisa comentários. Atenção que não estou a dizer que alguém ficou ofendido, são só alguns acontecimentos engraçados decorridos nas aulas.
Por fim, e da mesma forma que comecei a escrever esta entrada, o blog proporcionou que alargasse os meus conhecimentos e que entendesse melhor temas que nunca me haviam sido explicados; apenas precisava de pesquisar o que queria. Afinal a Internet também serve para isso, e realmente é um instrumento bastante útil para desenvolver o conhecimento e a actividade crítica. Quero então admitir que - apesar de me irritar imenso com a importância dada à Internet - esta tecnologia é muito importante para a elaboração de trabalhos e também para a aquisição de conhecimentos, mas não se deve esquecer a importância dos livros e dos grandes autores, que proporcionam igual sabedoria. A diferença é o tipo de lazer que cada um nos proporciona. E mais não digo, este tema já foi "esventrado" o suficiente este ano, e nos outros.

Concluindo, terei muitas saudades (sim, "isto dito pela Joana Duarte", devem estar alguns a pensar) de algumas pessoas, de algumas aulas, de algumas situações. Isto não é um blog pessoal, é partilhado por duas pessoas e é sobre História, mas acho relevante este meu parecer sobre determinados acontecimentos para além dos óbvios sobre a matéria. Foi um ano diferente, para melhor e para pior, e memorável.

Espero que os exames vos corram bem e espero ainda que não vão frustrados para a Faculdade, isto se forem. Independentemente do que vos digam (sim, outro cliché) façam alguma coisa que gostem mas não se esqueçam que os tempos também não são de feição, portanto pensem sabiamente no que vão fazer a seguir.

E depois, boas férias, bem mereçemos FINALISTAS!


Joana Duarte

Estado-Providência/Neoliberalismo

Após a 2ª Guerra Mundial os países ocidentais foram bem sucedidos e conseguiram elevar o nível de vida das populações. Os regimes políticos que para tal contribuíram identificavam-se ideologicamente com o socialismo reformista ou com a democracia cristã.
Em ambos o Estado intervinha na economia, visando apoiar os cidadãos, com medidas como:
• A nacionalização de sectores da economia que satisfizessem necessidades
básicas.

• Cobrança de impostos equivalentes á riqueza dos indivíduos ou empresas.
• Ajuda social gratuita.

Este modelo ficou conhecido como Estado-Providência ( Welfare State)
Na década de 70, o Ocidente teve de lidar com a crise da instabilidade monetária e do choque petrolífero. A táctica adoptada por Inglaterra e pelos EUA foi o neoliberalismo, que se espalhou por outros países desenvolvidos.
O neoliberalismo abandona o intervencionismo estatal na economia, de modo a reduzir a despesa pública, privatizam-se as empresas, os despedimentos são facilitados, os preços dos produtos não são controlados, reduzem-se as despesas da segurança social e com os aumentos salariais.
O resultado do neoliberalismo nos países que o adoptaram foi a recuperação do PIB e a diminuição da inflação, embora o desemprego e as diferenças entre classes sociais tenham aumentado, e devido à falta de investimento a educação e a saúde pública se tenham deteriorado.

As consequências da aplicação do neoliberalismo foram prejudiciais a nível social e um país não se pode desenvolver com uma população descontente e privada de apoios. Assim, embora economicamente as consequências directas do neoliberalismo sejam positivas, a longo prazo não o poderão ser, além de que a economia não constroi um país, esse é o papel dos seus habitantes.


Joana Lima