sexta-feira, 21 de maio de 2010

Guerra, inexistência de Paz

Com o fim da Guerra-Fria a população mundial pôde finalmente pôr em prática a tão querida paz. Contudo, de certa forma previsível, certos povos rebeliaram-se e lutaram pelos seus territórios e respectivos costumes, algo que a União Europeia não tinha tido em conta aquando das separações territoriais entre Leste e Ocidente. Diminuiram-se a frequência de guerras entre países, reacenderam-se as qzílias entre povos duma (suposta) mesma nação.

Foi e é o caso do conflito entre Isael e a Palestina

Este vídeo chocou-me pelo facto de usarem meios televisivos e crianças para passar uma mensagem a todas as faixas etárias (mas principalmente a crianças) da realidade do povo Palestino, mas com pormenores evidentes e violentos a que nenhuma criança devia estar exposta. É efectivamente "uma guerra mediática, no qual tudo vale". Emocionar a juventude com imagens de bebés mortos e pessoas feridas? Só se for um emocionar a caminhar para o extremismo, até para o ultra-nacionalismo, enveredando os jovens para grupos sanguinários, que lutam por uma única causa em que "os meios justificam os fins", isso sim, é o que se pretende com este plano tão rebuscado. Sim, é verdade que os meios de comunicação sempre foram e são usados como influenciador das pessoas menos críticas e mais susceptíveis a adquirir certas condutas e valores menos desejáveis, mas neste caso julgo que o modo como tentam influenciar e (pior!) a quem a mensagem é dirigida, é praticamente roubar a ingenuidade às crianças. Por outro lado também se poderá falar da manipulação que os media ocidentais exercem nos jovens e que não fica muito aquém do que fazem os Palestininos (e tantos outros), que é extremamente agressiva nos jovens também. Agora que digo isto, pus-me a pensar se o que vêem na televisão não será também o que vêem na sua vida; não estou a querer dizer que uma abelha ou um rato lhes aparece do nada na rua (coitados, foram transformados em versões tão... feias), mas sim uma pessoa a ser baleada, um bebé deitado morto no chão... algo por que um ocidental não passa tão "rotineiramente".

Seremos assim tão diferentes? Por enquanto nada me faz pensar que somos...



Voltando ao conflito israelo-palestino. Tudo começou nos finais do séc. XIX, em que a inexistência de um Estado para os judeus era uma problemática já muito antiga, tendo-se resolvido a situação com a decisão de que se deveria instituir um território judeu na Palestina, que já estava ocupada por árabes palestinos.


A fim de mostrar ao Mundo a sua indignação perante a ocupação israelita e, o que não havia sido acordado, invasão de território Palestino, ocorreu um massacre nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972, em que um comando de Palestinianos fez um grupo de atletas Israelitas reféns, resultando na morte de onze desportistas, cinco sequestradores, um polícia alemão e um piloto.


(Peço desculpa mas não encontrei nenhum trailer deste filme legendado.)

Este é o trailer de Munique, filme que retrata extremamente bem o massacre nos Jogos Olímpicos de Munique (1972), é muito bom, aconselho. Ao pesquisar sobre este conflito, não pude deixar de fazer comparações entre este e os que existiram entre povos colonizadores e colonizados; o que mais se ambicionava era a posse do território (o mais extenso possível), e se tivesse pessoas melhor, para as escravizar e fazê-las à "nossa imagem". Em comum estas duas situações possuem também a ajuda de outros Estados - Israel apoia-se nos Estados Unidos da América, país com um grande número de judeus que influenciam bastante a política e a economia do mesmo, e a Palestina apoiada pelos países vizinhos e fervorosamente pelo Irão. Tanto nas colónias como neste conflito houve sempre interesses de ambas as partes e também dos seus "apoiantes".

E por isto tudo o Mundo se questiona se alguma vez existirá paz absoluta, universal e não ao alcance, mas sim como algo garantido. No panorama global, parece-me que estas guerras se não se resolverem a bem... hão-de se resolver de outra maneira qualquer. Esperamos a inexistência de guerra, aí o Mundo será no mínimo silencioso...

Joana Duarte

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